David Liggitt, fundador do datacenterHawk, diz que o problema está na demanda das empresas de hiperescala. Essas empresas respondem por 80% ou mais de todos os aluguéis na América do Norte e foram muito ativas em 2021 e 2022, ocupando grande parte da oferta vaga.
“Os operadores de data center estão trabalhando arduamente para aumentar a capacidade, mas os desafios também aumentaram. Os principais componentes da construção de um data center (aquisição de terrenos, aquisição de energia, equipamentos MEP, construção, financiamento) tornaram-se mais difíceis nos últimos dois anos. Isso está estendendo os prazos de desenvolvimento e tornando-o mais caro. A demanda ainda é historicamente elevada, e os problemas mencionados acima não têm soluções rápidas ou fáceis”, disse Liggitt.
O que é pior, Liggitt espera que as condições atuais persistam nos próximos dois ou três anos. As operadoras de data center simplesmente não conseguem construir instalações com rapidez suficiente.
Entretanto, a economia pode amenizar o golpe, mesmo que inadvertidamente. Devido às altas taxas de juros e aos cortes nos gastos, muitos usuários corporativos estão preferindo uma estratégia conservadora quando se trata de sua infraestrutura de TI. Portanto, a solução para muitas empresas é simplesmente comprar menos.
A América Latina é um mercado emergente de data center
O relatório observa que o crescimento em mercados populares de data centers, como Virgínia e Califórnia, está sendo impedido pela falta de energia e de terrenos para expansão, de modo que as operadoras de data centers estão procurando locais fora do caminho em estados e cidades menores.
O datacenterHawk afirma que o setor de data centers da América Latina está atualmente experimentando um aumento no crescimento, em grande parte devido aos fortes ventos favoráveis do setor, como a adoção de tecnologia e o investimento em data centers.