O Crusher possui 192 lâminas HPE Cray EX em gabinetes de 1,5 rack que ocupam apenas 44 pés quadrados, de acordo com o ORNL. O Titan, por outro lado, tinha 200 gabinetes que ocupavam 4.352 pés quadrados, ou 100 vezes o espaço do Crusher.
O Titan atingiu o pico máximo de desempenho de 27 petaflops. Embora ainda não tenhamos benchmarks para o Crusher, sabemos que o MI250X tem um desempenho máximo de ponto flutuante de precisão dupla de 47,9 teraflops. Multiplique esse valor por 768 (quatro por lâmina vezes 192 lâminas) e o resultado será 36,8 petaflops, muito além do desempenho máximo do Titan. E isso sem contar as CPUs.
Não temos uma medida do consumo de energia, portanto não podemos fazer uma comparação entre o Crusher e o Titan, mas sabemos que o Crusher é resfriado a água, e os sistemas resfriados a água tendem a funcionar com menos energia. O Titan consumiu 8,2 MW de energia. Sem dúvida, o Crusher consome muito menos. Mas, novamente, a Crusher foi projetada para ser um sistema menor. É o Frontier que será a verdadeira fera em escala com o Titan.
Atualmente, o Crusher está validando projetos científicos importantes que serão executados no Frontier. Como ambos têm exatamente o mesmo hardware, os projetos validados no Crusher devem ser executados sem problemas no Frontier. É claro que nada é garantido.
Portanto, que isso sirva de lição. O hardware continua avançando e, embora o salto de geração para geração possa não ser muito grande, depois de vários anos a diferença se torna significativa e vale a pena fazer a atualização.
