Em 2010, a Intel lançou a série Xeon 7000, que adicionou recursos RAS (Confiabilidade, Disponibilidade, Escalabilidade) anteriormente vistos apenas no Itanium. Em vez dos habituais servidores de dois soquetes, a série 7000 suportava servidores de quatro e até oito soquetes, colocando a Intel a uma distância impressionante dos enormes servidores RISC da IBM, HP e Sun Microsystems. O Itanium e os chips RISC, como o Sparc e o Power, estavam com os dias contados.
O resultado? A IDC coloca a participação da Intel no servidor/centro de dados em 99%. O restante são sobras de Opterons, IBM Power e mainframes e talvez uma caixa Sparc estranha aqui e ali. Com o advento dos servidores de 64 bits, surgiram servidores com 16 GB, 32 GB e até 128 GB de memória. Isso deu origem à virtualização e à computação em nuvem. O senhor pode dizer que a Intel é o Paciente Zero na revolução da computação em nuvem. Por outro lado, a AMD pode discordar.
Perdendo a ascensão dos dispositivos móveis
A única grande marca tecnológica no histórico de Otellini foi o fato de ele realmente ter errado com os dispositivos móveis. Além de não ver o valor da StrongARM, em 2006 ele passou adiante uma solicitação do da Apple para fabricar um chip especial para seu projeto secreto de smartphone – que se tornou o iPhone. Quando a Intel se deu conta do erro cometido, apressou-se em transformar um processador x86 no processador Atom, em uma tentativa de competir com o ARM. Mas, apesar do grande esforço, o Atom nunca foi a lugar algum.